terça-feira, 23 de setembro de 2014
Talvez o punk não esteja morto ainda, assim como os gritos pela liberdade
Bad Religion - The Empire Strikes First (2004)
Grito pela liberdade, movimento que uns acham vendido hoje em dia, mas que ainda me traz um conceito melhor de liberdade do que aqueles que pregam o controle estatal e o coletivismo.
Talvez eu mesmo tenha me negado a aceitar algum anarquismo por um tempo. Encontrar-me ideologicamente foi um dos marcos para isso. Libertarianismo, e até mesmo o utópico anarco-capitalismo são visões de real progresso na minha concepção. Talvez um dia venha um sistema melhor que o capitalismo em sua justa forma, mas um modelo onde se perpetuam trocas voluntárias pacíficas e realmente livres não pode ser considerado opressor. É a melhor forma de liberdade hoje em dia. Vejo amigos meus rumando por outros caminhos ideológicos e não os condeno. Cresci nessa doutrinação, talvez de maneira menos presente e mais criticamente, mas convivi no mesmo meio e vejo o anseio deles em ter uma sociedade livre, assim como eu. Não me importo de quererem o bem para todos, discordo apenas dos meios, mas não os condeno por pensarem diferente. Gostaria que o mesmo fosse visto de forma recíproca.
The Empire Strikes First, crítica excelente ao anseio americano de se meter em todo o lugar para cobrir as falhas enormes que sua economia keynesianista formou. Com os cofres ameaçados pela crise do petróleo e a dívida interna aumentando, Bush enviou jovens para morrerem do outro lado do globo com desculpas políticas. Alguns realmente acreditam que isso é o capitalismo como forma de governo tendo que assassinar para se manter (da mesma forma que supostamente ele é o responsável por mortes de fome na África, que são os países mais fechados economicamente do mundo e controlados por ditaduras que não são socialistas porque deturparam Marx e hoje recebem o nome de seu ditador), e nisso eu não consigo ver algum sentido.
Apesar de toda essa defesa ideológica natural em épocas de eleições, não deixam de serem meus amigos, mesmo com os feeds bloqueados. Alguns ainda acham que por eu não acatar uma ideologia tão 'libertadora' e 'justa' que defende os pobres acima de tudo, e por não acreditar em sociedade igualitária estatal, sou um reaça coxinha fascista e racista que é à favor dos ricos e das mortes de fome pelo mundo. Não é bem por aí.
Mesmo assim, eles estão ao redor e julgando meu caráter. Eu não os julgo responsáveis pelos gulags e nem pelos fuzilamentos. Muito menos por apoiar um estado gigantesco e assistencialista que cria dependentes de si próprio. Não os julgo de má fé, e nem que queiram matar todos de fome. Enfim, não julgo seu caráter. Isso parece difícil quando se estabelece a antiga luta do suposto opressor malvadão contra o oprimido coitadinho. Há um consenso aqui: um mundo melhor.
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