domingo, 26 de junho de 2011

Biografia de uma Lenda, segundo o olho que tudo vê - Clarice Lispector - #1

Sob efeito das drogas ilícitas que Kurt Cobain usava, ele morreu. Porque eu não uso drogas ilícitas, porra.


Esse post é totalmente aleatório. Agora são 1:30 da madrugada, e quando eu terminar o post, provavelmente serão 2 da matina. Estou escrevendo porque tenho vontade de escrever. Meu amigo tá deitado na minha cama e eu tô no PC ouvindo Bad Religion. E por isso, resolvo contar uma história pra vocês...

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Um dia nasceu um mito. Ou melhor: uma mita. Uma menininha ucraniana, numa família humildemente daorinha. A menininha dos olhos de Stalin, a comunistinha do mal que comia suas amiguinhas criancinhas junto com os seguidores de Marx e Engels. 

Era bela como o vento suave que soprava no cume da montanha mais alta do país mais baixo. Era branca como seis biscoitos de polvilho tunados. E pesava apenas meio quilo.

Batizada a menina foi. E um nome recebeu ela de sua mãe: Clarice. Mafalda Antunes Vasikov Petrov Vladisvostok Gorbachev da Vodka chamou sua criaturinha de Clarice Antunes Vasikov Petrov Vladisvostok Gorbachev da Vodka. Mas o pai de Clarice,  Juvenal Lispector, que era marido de Mafalda (que ele chamava de Mafaldinha Safadinha) optou por batizar a menina de Clarice Lispector. 

E a mãe de Clarice desaprovou a fútil idéia. Clarice teria todos os nomes que lhe foram confiados por sua família ucraniana. Então o pai de Clarice pegou sua Luger e resolveu a questão nominal. 

Mas antes da bala entrar em seu corpo, Mafalda lançou uma maldição que perduraria com o tempo, sobre o nome dos Lispectors. E como alguém que se lembra de uma poesia  milenar, eu me lembro daqueles versos ditos por uma condenada no rigoroso inverno ucraniano:

- "Clarice ela irá se chamar, Lispector terá de suportar. Livros inteiros escreverá, fãs escrotos acarretará, e o diabo a carregará. C.F.A. é seu comparsa, o demônio que mais tarde passa, para levar a alma da piedade inescrupulosa que Maria das Dores irá tomar de receio."

Depois disso, a bala entrou em seus orifícios, e nunca mais se ouviu falar daquela mulher.

Clarice ficou em choque. Seu pai então a trouxe para o Brasil, pois precisava arrumar algumas mulatas para passar o rodo. No país dos malandros, Clarice aprendeu a língua portuguesa e começou sua carreira prolongada, como a de Diego Maradona. Escrevia todos os dias na areia, ao estilo Padre Anchieta. Desenvolveu muitas técnicas de masturbação indígena, e exercitou seus músculos pulsulares para escrever, aos 5 anos, seu primeiro livro de auto-ajuda: "Dez passos para ser famoso e ter uma legião de fãs babacas que nunca leram suas obras antes e chupam a sua rola mesmo assim".

Esta primeira obra foi um sucesso de vendas, onde se não me falha a memória, 12 livros foram vendidos. Mas Clarice não conseguia controlar seu anseio de demonstrar sentimentos verdadeiros. Estava determinada a escrever outro livro, mas não tinha nenhuma caneta.

Em um dia ensolarado de sol, Clarice saiu à tardezinha para comprar pão.E foi quando 12 pessoas saíram dos becos e correram atrás da pequena Clarice, citando milhões de frases de seu livro. A garota não sabia, mas a maldição que Mafalda havia lançado estava se concretizando ali, naquele momento.

Clarice não comprou o pão, e se escondeu na caixa d'água. Precisava falar com Juvenal, seu pai, sobre o ocorrido.

E assim se foi. No pinote, Clarice passou por muitas terras malditas. Sem nenhum travesseiro para encostar sua genial cabeçinha, parou para descansar no terreiro de umbanda mais próximo.

Foi quando Pai Galo recebeu o caboclo Jesus Batista José Maria das Dores. Clarice já havia ouvido falar deste nome: "Maria das Dores". O nome a puxava para a curiosidade mortal. Foi até Pai Galo, e esperou para ver o que o pobre homem tinha a falar. E como uma canção élfica antiga, lembro-me que disse assim: "Suncê Clarisi num é + Clarisi! Clarisi eh o caraliu! Eh Clarisi Lispecto que veio pa domina a mente dos fraco. Tem neguim que vai incarna no mundo q vai entra na sua vida, minha fia. Suncê si prepara q o bang vai fik l0k0. Ti dô 3 inicial pra tu discubrê qm eh. C.F.A. eh tudo q poso te da minha fia". O cabolco saiu do corpo de Galo, deixando o homem jogado ao chão como um paladino sem proteção contra o mal.


A garota meditou em seu lugar por alguns segundos. C.F.A. eram iniciais nas quais seu presente havia herdado a lembrança de seu passado. Reconhecia todas as informações, não lhe eram estranhas. Após passar a noite no terreiro, Clarice se viu numa encruzilhada. Lá, quebrou a pata da galinha que trazia nas costas, e a enterrou na intersecção da encruzilhada, junto ao seu escapulário banhado em sangue de sapa gorda.


O demônio Taszrael, o ex-filho ex-morto undead de Judas de Judá, se fez presente para revelar a Clarice toda a sua maldição. Clarice pediu um teleport para a cidade em troca de sua alma. O acordo estava feito.


Em casa, Clarice desabou a chorar. Seu pai, estranhado o ocorrido, foi acalentá-la. Clarice então lhe revelou que sabia da maldição dos Lispector, e que 12 fãs escrotos tinham surgido pela manhã. Seu pai lhe aconselhou sabiamente, como um sábio: "Minha filha.. a fraqueza está dentro de nós. Faça desta sua maldição, um benefício. Escreva mais livros, não pare nem para cagar. Milhões de brasileiros seguirão sua seita, e você nunca irá morrer nas mãos dos próximos pseudo-cults e "literários" do futuro".


Clarice ouviu com seus ouvidos, todas as palavras proferidas por seu velho e bondoso pai. Embebida de bondade e pureza, Clarice começou a escrever os livros que seriam a porta de entrada para o mundo do caos. Mais 13 fãs escrotos seguiram sua trilha rumo à matança de ursinhos carinhosos. Estava tudo bem agora.. papai estava lá, para enxugar as lágrimas de redenção à prova de balas. A pequena ucraniana viraria a Chanceler Suprema da República. Estava começada a carreira prolongada de Clarice. Seus seguidores defendiam seus versos com sua própria vida, se necessário. Seus livros eram como vários rituais xamãs de zumbilização para os que não tinham uma cabeça saudável.


E assim sua legião se fez. O resto fica para outra história...

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