segunda-feira, 2 de junho de 2014

Um monte de merda sobre a volks nos anos 70

Olha quem vem lá: o perdedor número um da molecada! Sim, ele mesmo que ainda consegue tentar ser feliz sabendo que tudo o que ele fez foi em vão. E porque seria diferente? Peguei esse azar do meu pai, talvez. Pelo menos ele sempre me dizia isso!

 Não estou aqui pra ficar chorando as pitangas, como sempre faço, mas no fim o que vai me tirar dessa bad é escrever, e eu sempre deixo escapar alguma merda sempre. Na verdade, só escrevo pra não ficar chateado com os tapas na cara que a vida dá, e mesmo não querendo compartilhar isso com ninguém, sempre acabo compartilhando. Se alguém ainda lê, que sejam livros, porque postagem minha só é bonita quando eu tenho bad trip pesada.

A grande sacada é se convencer que seu problema não é tão grande quanto você idealiza, e a partir daí você começa a se cobrar menos. Mudei de ares, de vida, de opinião, de cidade, e com isso conheci gente nova. Na verdade, ficar escrevendo num blog adolescente cheio de drama é meio duvidoso, mas não tenho culpa de gostar de escrever como eu me sinto. É foda ficar sempre de saco cheio por ser incompetente de não poder estar com quem você curte e ansioso por idealizar um futuro, inexistente como qualquer outro, no qual você faria muito para que existisse. É idiotice se deixar levar pelo encanto de um sorriso, e mais ainda fazer dele uma de suas metas.

 E é óbvio que existe idiota pra tudo nessa vida!

Ficar triste por isso é tão imbecil, que riem de mim por isso, e eu rio junto em alguns momentos de lucidez repentina que eu gosto de chamar de bons momentos.

É claro também, que imagino muita merda. Não tem como não imaginar, pois as circunstâncias não ajudam. Quem me conhece fisicamente sabe do que estou falando, mas espero que não achem que eu me preocupo com isso no momento. É que aquele papo de ter coisas à oferecer é relativo. Tudo é, quando se trata de seres humanos. Não dá pra ficar dando muito detalhe, apesar de que algumas pessoas que lerem possam entender: quero mais é que se foda. A maioria delas, inclusive a que eu agradeceria se saísse da minha cabeça, me falavam pra desencanar, focar em outra, deixar o tempo passar e etc. Como sou teimoso, fiz o que não deveria nunca ter feito e agora me vejo refém desse mar de sentimentalismo barato mais uma vez.

Mas também, Vinicius já dizia: "Eu francamente já não quero nem saber de quem não vai porque tem medo de sofrer".
Não tem nada perdido nem nada ganho. Não tem nada, e nunca teve.

 Talvez na minha cabeça isso seja verdade, talvez pudesse houver se eu não ligasse a mínima. Infelizmente não foi assim, e esse texto prova isso, mesmo que de uma maneira equivocada. Não é drama nenhum, só minha maneira de ser honesto comigo mesmo.

De qualquer forma, estava com saudades de escrever. A parte boa de ficar nessa bad é saber que você não é de pedra. Talvez eu seja exagerado demais e tenha falado um monte de groselha, mas a mudança de ambiente trabalha em conjunto com estes tapas na cara pra te ensinar a viver e a encarar essa falta de amor próprio com outros olhos. Escrever me faz pensar, e pensar me faz parar de ser um babaca chorão e sentimental, por alguns instantes.

Sei que não sou nenhum príncipe, mas que também não sou um completo bostão: se me deixei ser idiota e a vida devolveu na voadora, tenho que ficar feliz por ter reconhecido que fui otário mais uma vez e perceber que tenho que parar de sonhar e alimentar esperanças de coisas que não existem. Ainda que eu leve o que me foi dito em consideração e mantenha as esperanças: onde isso vai me levar?

À mais um mar de letras e lamentos enjoativos e exagerados?

Não. Eu prefiro não arriscar mais.

...mas gostaria de conseguir aquele sorriso!



Essas duas últimas linhas ilustram como funciona a minha cabeça de prego: eu sabia que não seria o primeiro, nem o único. E sabia também que existia a imensa e esmagadora possibilidade de nem ser um deles. O problema, mais uma vez, foi dar um espaço desnecessário pra isso, e deixar tomar uma proporção tão grande quanto de fato tomou.

 E agora? Continuar levando isso comigo até passar, me estabelecer a nova meta de não pensar mais nisso depois que publicar, e praticar o exercício do desapego com toda menina que me encantar como ela me encantou.



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