sábado, 16 de agosto de 2014

Por favor...

Reverta sua mágica, ou pelo menos faça uma pra amadurecer esse pobre infeliz!

A amarração do amor em 3 dias que ela fez deu tão certo que veio com efeitos colaterais, como o fato dela não sair do meu pensamento, me deixar confuso sobre minhas metas ou coisa parecida.

Sim, confesso que uma bruxinha me jogou um feitiço poderoso. Me apaixonei por um lindo sorriso tímido, um gosto musical excelente, o visual alternativo, o beijo, o papo, aquela voz levemente rouca que me faz querer que estivesse falando baixinho aqui no meu ouvido. Sim, me apaixonei e tenho que admitir.

O que será daqui pra frente? Nos veremos de novo? Vou ter a oportunidade de ter aquele beijo de despedida quando te levar pra casa numa noite fria? Posso eu, talvez, ser ao menos uma vez seu porto seguro?

Eu sei que você passou e ainda passa por muitas coisas familiares realmente difíceis de se lidar. Sei que se sente sozinha onde mora agora. Sei que é esperançosa e forte por não desistir e ver o mundo com o mais simples olhar possível. Sei que depositou algumas mínimas esperanças em mim, que me achou bonito, e que gostou de ter me conhecido.

Entro no seu blog todos os dias pra ver se você me dá uma mínima dica de como te conquistar.  Eu fico imaginando se você lê o que eu escrevo. Se você vai passar rapidamente pela minha vida e vai embora, deixando um vazio no meu peito.

Eu fico me perguntando se te aconteceu o mesmo, ou se ainda consigo fazer despertar algo em ti.

Te disse que te queria do meu lado, você não me respondeu...

...pedi desculpas. E você ainda não me respondeu. Acho que fui impulsivo demais, me perdoe de verdade se te deixei em choque. Não consegui controlar, precisava te dizer que o que mais me importa ao voltar pra la é te ver de novo, e quem sabe, te conhecer melhor, te conquistar cada vez mais.

E tudo foi tão rápido. Só é o que vem acontecendo há muito tempo, não posso negar. A idéia de nos vermos de novo para você me parece estranha. Tenho medo de realmente estar apressando muito as coisas de novo.

E garota: eu me importo.

Confesso-te que quando nos vimos eu virei um bobão. Não lembrava de nada que tínhamos conversado, pois não conseguia parar de te olhar e de querer te abraçar. Eu fui tão idiota que ia esquecer de te levar embora...mil perdões! Se é que realmente você um dia vai ler isto.

Se não ler, torço para que você ainda queira. Se ler, fale comigo, me dê uma resposta. E me perdoe ser romântico e meloso nesse mar de letras, não consigo evitar.


Caso não for de seu conhecimento... Já prometi a mim mesmo que vou fazer o que puder para te conquistar, então falarei tudo isso pessoalmente a você antes de levar o fora.

Sua mágica é muito boa...

Me fez querer ser bruxo para te encantar também.

domingo, 3 de agosto de 2014

O caminho do meio

Quais seriam as boas palavras a serem escritas? As verdadeiras ou as exageradas? As impulsivas ou as mensuradas? As calorosas ou as encaixadas?

Nunca me competiu julgar o que escrevo. O que é escrito se mantém em seu lugar, com sua forma intocável. Se um dia houveram motivos para tais palavras estarem ali, por mais equivocadas que estejam em relação ao pensamento atual do autor, estes mesmos motivos não devem ser esquecidos jamais.

A grandeza do homem é posta à prova quando o mesmo se depara com seu passado. Sua caminhada intelectual e moral se dão pela revisão de reflexões e conceitos antigos, que devem ser usados como referência para o aprimoramento pessoal.

Não é de se estranhar que os dias de hoje não se encaixam com antigas conclusões.
O hoje vira ontem, e o amanhã se torna o hoje. A ciência da ação transformadora do tempo faz do ser humano uma constante recriação em torno de si próprio. A ansiedade manifesta-se de forma mais sutil, a carência tende à se esvaecer e se tornar rotineira, o desejo de companhia se alimenta e é suprido pela esperança que o passar dos dias trazem.

No processamento das informações, nosso pensamento prefere trabalhar à curto prazo. Prefere soluções imediatas, cobra do indivíduo sua capacidade de adiantar momentos que só poderão ser concretizados em um intervalo de tempo indeterminado. Não satisfeito, calcula o futuro constantemente usando o passado como variável, e nesse processo, inibe as vontades de mudar o presente e reescrever o porvir.

É necessário que entendam que não é errado se preocupar com seu futuro e passado. Não é inútil a retrospectiva, tampouco a hipótese. Não seríamos animais racionais se ignorássemos nossos anseios e remorsos, mesmo que o que se apresenta seja ideal. Precisamos da incerteza e da subjetividade para não morrermos de tédio. Precisamos de respostas para não ficarmos nas trevas da ignorância.

Com o entendimento e aceitação do curso do tempo me vi mais tranquilo. Apesar de sofrer ataques repentinos de ansiedade e carência, meu eu maior se impôs e colocou panos quentes nessa suposta necessidade de ter alguém para amar. Por mais que um nome sempre me tire o sono, esta voz interna sempre acalma minha mente apaixonada dizendo o que eu preciso ouvir.  Tomo essa outra parte de mim como sendo a racional, que nunca se sobressaía sobre a sentimental e sempre perdia nos embates reflexivos. A aceitação da racionalidade perante o sentimentalismo me fez entender a essência do equilíbrio. Quando se mergem em harmonia, a paz interior surge e se estende conforme a tal sinergia se perpetue.

Consigo ver, finalmente, que minha jornada amorosa foi sofrida por muito tempo pelo desconhecimento desse limiar. Hoje, confesso, não consigo mais praticar o desapego. Me apaixono tão rápido quanto posso, não voluntariamente e sem nenhuma explicação. Consigo ver a beleza essencial em algumas pessoas, por menos tempo que as conheça, e sempre espero a reciprocidade. Às vezes penso que me afobo demais e tento não ser tão imediatista e egoísta. Esqueço sempre que lido com pessoas constantemente, e em minha cabeça cobro delas algo que nem eu mesmo faria na mesma situação. Prezo pela liberdade e o gatilho do meu instinto impulsivo é me apaixonar. A busca pelo equilíbrio é o freio do egoísmo, impulsividade, imediatismo, ciúmes, possessividade.

Apaixonar-se não é prender, mas libertar.

Pensar nela todo dia não é prender-me em hipóteses e remorsos ou conjecturas. Me faz refletir que conheci mais uma pessoa maravilhosa, e que independentemente do que o futuro nos resguardar, essa experiência terá sido boa para sempre.

No fim de tudo, se nada me restar dessa lembrança, posso dizer com sinceridade: seus pensamentos sempre foram uma boa leitura.