Confesso que ainda lia o blog dela, e agora há pouco caí no riso por uma ironia doce.
Dizia a ganhadora da taça do tetracampeonato de foras que eu ganhei este ano, que é triste e solitária. E o que eu mais queria é que ela não se sentisse assim! Mas, como não sei lidar com isso, a afastei daquele jeito que só eu sei fazer. Um amigo meu disse-me esses dias que leu meu blog e concluiu que sou louco, pois mudo de opinião da noite pro dia. Mas o que é a vida se não mudarmos nossas opiniões?
Ainda tenho certa relutância quanto a o que quer que seja referente à mudança ideológica. Acho que a época da eleição me contagiou tanto, que deixei uma chance de ouro dessas passar por mim e escorregar entre meus dedos (por pura paixão juvenil de quem encontra sua ideologia e não sabe lidar com o mundo que não a segue). É engraçado saber que li tudo o que ela escreve, e que ela não leu sequer um parágrafo do que jamais escrevi nesta casa dos fracassados, e nem lerá. Estou tranquilo quanto a isto. Já passou, foi mais uma paixão equivocada ou até mesmo mais algum erro que cometi na minha vida, e aprendi com ele. Lamentos e sonhos impossíveis já deixaram minha cabeça logo no segundo dia de situação. A questão é a doce ironia...
Prometi pra mim mesmo não escrever sobre isso, mas como eu uso esta casa como se fosse um brother confiável que não fala nada pra ninguém, escreverei.
Se vocês estiverem se perguntando a lógica de escrever algo que julgo confidencial em um lugar de acesso público de domínio mundial, talvez seja pela minha crença de que ninguém se importa, e talvez porque realmente, ninguém se importa, a não ser pra me zoar por ter meus pensamentos por escrito.
Sobre a ironia? Ah sim.
Minha paranóica cabeça via correlações entre músicas que eu claramente postava endereçadas a ela implicitamente, com as músicas que ela postava por postar. Não creio que eu tenha permeado a cabeça dela por tanto tempo, apesar de que a do moreno do cabelo enroladinho se encaixa em mim (mas nem foi para mim). Vai vendo.
Eu me apaixonei e ela só me viu como um cara x, dentre tantos outros bem melhores que ela já conheceu e ficou.
Sempre ouvi que se sentia sozinha, que queria ir embora. Depois que me apaixonei foi meio que um desafio pessoal conquistá-la e fazê-la se sentir melhor. Parece que foi preciso para este que vos fala, bater a cara no muro para perceber que não sou Super-Homem de ninguém. E que mesmo se eu quisesse ser, precisaria melhorar, e muito, o meu interior. Mais um aprendizado bem massa.
Final de ano chegando, eu estou feliz como nunca, mas não consigo parar de me preocupar com a solidão que ela diz que sente e que eu não fui capaz de matar. Parece realmente que o que mais me frustra é ser incapaz de suprir algum porto seguro a quem eu quero bem quando estão se sentindo sós, e não por dor de corno. Talvez haja alguma influência que venha da minha família quanto a tal insegurança.
E sim, eu me acho um fracassado nessas horas, e é por isso que eu entro em tanta bad de baixa auto-estima. Depois, quando caio na real e raciocino direito, percebo que é tudo muito simples e que meus sentimentos sempre se sobrepõem a tudo.
Meu novo ano não tem metas, pois continuam as mesmas. Achar alguém, ter um emprego, estudar, me livrar dos meus pais e pagar minhas contas. É claro, junto a alguém que me deixe suprir sua solidão.
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