segunda-feira, 8 de junho de 2015

Série numero um de letras escritas na aula de cálculo para não dormir

Não que pareça, nobre Condessa
Mas seu vestido mofou
Tua graça se foi
Sua voz já calou
Teus olhos perderam o brilho
Sem ódio, só pelo mínimo
De coisas que eu poderia lhe falar

Tua alegria é feita de plástico
Teu sono é tranquilo e sereno
Nos sonhos reproduzem desejos
De teu ego, faminto por gracejos
Teu Eros vive em tudo que não vejo

Há um instinto que procura segredos
Poucas palavras livres proferidas
Histórias que se forem lidas
Expõem dúvidas e medos

Paixão ou apego?
Não há diferença entre os termos
Os tropeços e quedas foram os mesmos
Nunca houveram quatro folhas num trevo
Ou um chaveiro com uma pata de coelho

Não, nobre Condessa, se aventurar nunca foi pecado
E mesmo quando não havia notado
Este seu vestido desbotado
Preferiria manter-me calado
Nunca ter feito de mim um pobre coitado

E quanto ao outro vestido?
O quão lindo teria sido?
Se ao invés de tentar tingi-lo
Nunca o tivesse visto?

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Talvez uma parada mais psicodélica progressiva soe melhor que uma bossa ou samba, acho que vou adquirir um pedal Black Hole este mês. Preciso voltar à ativa, fazer e ouvir música é meu hobbie, vou segui-lo. Abastecer meu soundcloud com músicas próprias será uma boa experiência. 





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