domingo, 14 de junho de 2015

Você é prafrentex?

Eu preciso registrar períodos importantes para mim. Preciso lembrar, um dia, se disser que não quero voltar para casa, que um dia essa opinião foi diferente. Eu sinto saudades do meu mar, dos meus amigos antigos. A faculdade me prenderá aqui por tanto tempo... talvez perderei a despedida dum grande amigo que está indo para o Canadá, e também a chance de rever a amiga dele. Perderei o contato, assim como venho perdendo a cada dia. Meus amigos daqui valem por 1000, são poucos e verdadeiros, mas não me sinto confortável aqui como me sinto lá. Pra começar com a minha má fama de reacionário de direita, causada pela minha vontade de mostrar o caminho para esmagadora maioria dos estudantes dessa faculdade que são esquerdosos. Nunca quis fazer parte de grupo nenhum daqui: a minha república é mais que o suficiente para um cara reservado como eu. Só é meio chato ter que conviver em rolês sendo taxado de ovelha negra por ter uma opinião diferente de 90% dos maria-vai-com-as-outras que acreditam em tudo que seu professor de história lhes enfiou na cabeça sobre o espectro político nacional e internacional. Mesmo sendo livre, mesmo sendo eu, não sou considerado iluminado pelo bando por ir contra esta corrente. E, realmente, me dá sono ter que ouvir sobre a minha fama e repetir que isso não faz nenhuma diferença a não ser me dar motivos para repudiar quem me julga por ser 'do mal'.



Na verdade, muita coisa vem me dando sono ultimamente. O Facebook é uma dessas coisas. Depois que saí do grupinho idiota que discutia política, entrei no ramo de ter que aguentar essa galera vomitando ideologia fraca como se fosse verdade universal. Ou então chorando por motivos quaisquer. Elas parecem tão legais virtualmente, que sua percepção vai ao abismo quando se compara com a realidade. Em sua maioria, fazem de tudo para pertencer ao grupo (não é novidade que esses seres só se pronunciam em bando ou indiretamente). Pregam a democracia mas fazem um motim contra o libertário que sabe sobre o que fala e tenta esfregar na cara deles.

Com certeza fui presunçoso com essas pessoas. Isso pode ter me custado mais do que eu gostaria, mas não me arrependo de ter sido impetuoso contra tanta gente que hoje percebe que fez merda votando na Dilma mas não dá o braço a torcer. Fui um orgulhoso com razão, e eles hoje são orgulhosos sem. Não que a minha educação na época do debate fosse contar para alguma coisa: eu ia continuar estigmatizado como reaça elitista odiador dos pobres playboy de direita.

Felizmente nem todos são assim, mas com essa visão, não me vejo tão mais satisfeito aqui em meio a tanta gente hipócrita. Isso me faz ter saudades dos meus amigos de esquerda que não são naturebas nem vegans chatos. Estou sendo presunçoso de novo? Creio que não me arrependerei. São chatos mesmo.

É muito esforço pra tentar parecer ecologicamente, politicamente, moralmente correto. É tanto esforço que eles não percebem a érnia intelectual que isso lhes causa a cada dia. Cada simples teoria infundada e sem lógica proferida é um assassinato de conhecimento. Gastam tanto suor pra tentar mostrar sua diversidade que no fim acabam todos iguais. Se acham o 'floquinho especial de neve', diferentões do resto, mas acabam se incluindo mais ainda no grupo homogêneo dos floquinhos especiais de neve. Acabam sendo tão presunçosos e orgulhosos quanto eu, mas sem razão. Vivem de tentar simular uma vanguarda super prafrentex da juventude e ganhar o ticket de entrada para a revolução que irá salvar o mundo do capitalismo. No fim, tudo se resume a sexo. Aliás, todos sabemos que fica bem mais fácil xavecar uma pessoa que também é prafrentex que nem você.

Que sejam felizes nos seus mundos cor-de-rosa. Nunca precisei forçar nada, nem ser sujeito a lavagem cerebral, pra pegar menininha por aí. Nunca precisei pensar como mais uma ovelhinha socialista pra ter chances com alguém. Nunca postava nada para aparecer, sempre postei para debater ideias de verdade. Infelizmente, o comportamento de bando dessas pessoas me fez ser grosso muitas vezes.

Não me arrependo.

Afinal, sempre achei que aventureiros da justiça social fossem um pé no saco.

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