Eu sou assim. Me apego à primeira pessoa que posso por simples medo de ir atrás do amor. Na atual encruzilhada entre "para de se iludir" e "vai que você vira o jogo". Mais pra primeira do que para a segunda. Sei lá. O meu eu lírico insiste na primeira opção, mas meu eu 'verdadeiro' parece buscar alguém em específico. Alguém que não existe fisicamente na minha concepção.
Voltei, depois de muito tempo sem, a sonhar com desenganos (como diria Paulinho da Viola) passados. Inconscientemente, lógico. Apenas acordo perplexo com aquele sonho em que ela está presente e não desiste de me encarar como quem diz: eu quero um cara a cara.
Só que isso não passa disto. Um sonho. Uma coisa que você já superou e continua a te assombrar. Coisas daquelas que te fazem pensar o que seria de você se fossem diferentes as maneiras de agir. Coisas daquelas que te fazem repensar o passado. Eu só quero paz, não quero mais me culpar pelos erros. Quero, e vou, seguir feliz. O grande problema é que parece que não consigo lidar com minha tranquilidade. Não consigo aceitar que uma balada pra mim significa nada sem meus amigos. Não consigo aceitar que eu sou chato pra caralho, e que se não fosse, talvez não estaria conjecturando nada à esta altura do campeonato. Quase um fucking ano, pouco progresso.
Eu realmente tenho essa necessidade narcisista. Tenho que encaixar tudo o que dizem em algum motivo relacionado à mim. E à partir disto, monto meu castelo fictício onde tudo é feliz e mágico.
Que ruiu logo após que acordei.
É difícil se sentir mal por uma coisa passageira, corriqueira e monótona. Por atribuir coisas à si mesmo, que muito provavelmente não sejam necessariamente por este propósito. Do tipo entender que 'moreno' é uma cor de pele, nunca uma cor de cabelo. E que o 'porquê de você fazer assim comigo', muito provavelmente está relacionado com qualquer outro fato empírico. Não a mim.
O declarado umbigo do mundo descobre sua desgraça. E não liga a mínima. Continuará sendo forte à sua maneira. Amando e sofrendo, se apaixonando sempre. Não se rendendo às futilidades mundanas. É realmente uma pena que não tenha tido mais nenhuma chance. É realmente outra pena se doer por isto. E é virtualmente apocalíptico se contradizer e sonhar com o insonhável. Mas é só a minha área do córtex relacionada aos sentimentos: ao menos possuo a desculpa de não controlá-lo.
Fico servindo de observação à mim mesmo. Será que queria psicologia e acabei em exatas? Será que aquela nova moça está disposta a ouvir lamentos sobre outra moça? Acredito que não.
É por isto que seguirei nas exatas e em silêncio. Apenas respondendo às indiretas com outras indiretas. Se estiver errado e não forem direcionadas à minha pessoa, servem como excelentes músicas. Se estiver certo, além de surpreso, estaria feliz em passar a mensagem de que eu sempre estou aqui. Tentando superar algo ou não, só depende da pessoa que eu preciso superar.
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