terça-feira, 23 de junho de 2015

O exato oposto do que eu descobriria

Está livre sua passagem pelos meus pensamentos
Guardarei-os por mais tempo que já duraram velhos momentos
O portão só seria aberto quando o amor resolvesse suas múltiplas dúvidas
E em sua situação inexistencial, tal portão escancarou-se
Porém o vigia não lhe permitirá se atrever a mais um passo
Por ter consciência que esta liberdade irá te machucar
O que descobrirá é apenas doloroso, apesar de me ocorrer instintivo e inofensivo
O que descobrirá é aquilo que nos mantém à procura um do outro
O exato oposto do que eu descobriria numa caminhada recíproca no teu pensar
Um processo anti-solidão natural e evolutivo
Que constantemente reafirma-se à medida que cresce
E se nega quando se aproxima do absoluto vazio
Tende à realidade carnal enquanto o sentir vai ao irreal
Nenhuma conclusão é cabível senão a de que o processo leva à tendências complementares
Ou que o real "se não" se torna um irreal "quase sim" que nutre o mesmo fim
Que o gostar é subjetivo e sortido, que o gostar demais é também egoísmo
Que não gostar é diferente de não desejar, e que o desejo é sempre ter alguém para se amar

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